quarta-feira, 5 de março de 2014

RESERVAS INDÍGENAS BRASILEIRAS E SUAS TRADIÇÕES





Na atualidade, a questão indígena, indubitavelmente, é um assunto dos mais palpitantes, desafiador e altamente polêmico que ilustram impactantes manchetes da mídia nacional e internacional. Várias etnias, línguas, costumes e manifestações culturais, são alguns dos fatores que tornam complexa qualquer análise mais profunda sobre as comunidades indígenas brasileiras.

A presente abordagem, portanto, restringir-se-á a uma exposição crítica e reflexiva sobre o atual cenário que contempla os indígenas no Brasil e a forma como o governo federal tem tratado tema de tamanha complexidade, através dos tempos.

O povo brasileiro, historicamente, sempre devotou grande apreço e carinho pelos irmãos indígenas. Isso transparece claramente em nossa literatura e demais manifestações artísticas, rica em notáveis obras literárias dedicadas a exaltar a vida dos índios, sua pureza e bondade, seu amor pela natureza, o sentimento de preservação da flora e da fauna, sua paixão pela vida comunitária, etc. Assim, apenas para recordarmos alguns desses famosos títulos, podemos citar o célebre escritor José de Alencar que nos brindou com “Iracema”, “O Guarani” e “Ubirajara”; Gonçalves Dias com “Yuca Pirama”, Basílio da Gama”com “O Uraguay”, Santa Rita Durão com “O Caramuru”, Gonçalves de Magalhães, com “A Confederação dos Tamoios”. Na arte musical, o notável compositor Carlos Gomes nos legou a magnífica ópera “O Guarani”.

Entretanto, saindo da exaltação exacerbada e idílica que contempla os povos indígenas, é imprescindível que coloquemos os índios em sua real dimensão, como nos ensina o ilustre historiador Manoel Soriano Neto.

“Eles devem ser considerados de maneira diversa e não como se todos estivessem no mesmo patamar cultural. Dessa forma, estariam assim classificados”:


  ARTIGO 231 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

“São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.""São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e a fazer respeitar todos os seus bens”.


                                                 DANÇA INDÍGENA



O índio dança para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida e aos  costumes. Dançam enquanto preparam a guerra; quando voltam dela; para celebrar um cacique, safras, o amadurecimento de frutas, uma boa pescaria; para assinalar a puberdade de adolescentes ou homenagear os mortos em rituais fúnebres; espantar doenças, epidemias e outros flagelos.

                                            
                                    COMIDAS INDÍGENAS BRASILEIRAS




Os primeiros habitantes do Brasil utilizavam exclusivamente o que a natureza e a floresta lhes ofereciam. Alimentavam-se basicamente de mandioca – também conhecida como macaxeira ou aipim – milho, batata, raízes, frutas silvestres, palmito, castanha, amendoim, carne de caças e peixes. Entre os pratos típicos que nasceram da combinação destes ingredientes essencialmente brasileiros estão a moqueca, caruru, paçoca, tapioca e mingau.



                                                ARTES INDÍGENAS


Arte indígena brasileira é a arte produzida pelos povos nativos do Brasil, antes e depois da colonização portuguesa, que iniciou-se no século XVI. Considerando a grande diversidade de tribos indígenas no Brasil, pode-se dizer que, em conjunto, elas se destacam na arte da cerâmica, do trançado e de enfeites no corpo


ENFEITES NO CORPO


Na época do descobrimento do Brasil, os nativos brasileiros andavam nus. Foi assim que os colonizadores portugueses os encontraram. Trajes e adornos eram usados geralmente em ritos e comemorações, como o são até hoje em diversas tribos, principalmente as mais isoladas.


As vestimentas foram introduzidas aos costumes indígenas pelo colonizador português. A partir do contato com a chamada “civilização”, os índios foram adotando a roupa dos homens das cidades.

Atualmente, o vestuário dos índios está relacionado com o clima, a natureza seus ritos e festas. Há tribos que, mesmo tendo adotado o uso de roupas, seus componentes ficam nus em solenidades especiais.

Por ser o Brasil um país tropical de clima quente, a maioria dos índios usa pouca roupa a maior parte do tempo. Algumas tribos, que estão na fronteira brasileira mais próxima das correntes originárias da cordilheira dos Andes, usam uma espécie de bata a cushmã, tecida pelas índias, nos períodos mais frios.


As plumas são utilizadas de duas maneiras: para a colagem de penas no corpo e para confecção e decoração de tangas, cocares ou diademas, colares, pulseiras, brincos, ornamentos nasais, labiais e auriculares, máscaras, enfeites de cabelo, coifas (tipo de chapéu) com tapa-nuca, mantos.

Entre os índios Bororos predominam os diademas de penas azuis de arara, que se tornaram um estilo característico do grupo. Os Maués preferem os adornos plumários com predominância de tons verdes sobre fundo vermelho e entre os Carajás é usual os ornamentos em forma de leque sobre a cabeça. 

O adorno de plumas é um privilégio dos homens. As mulheres, normalmente, usam pedaços pequenos de penas coladas no corpo, com resina ou leite viscoso, formando um tipo de mosaico.

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